Você ainda tem dúvida sobre o que é fundo de investimento? Em suma, os fundos de investimento são uma opção capaz de agradar vários perfis de investidores. Isso porque eles são simples e recomendados para quem está buscando começar a fazer aplicações mais rentáveis. Por outro lado, também existem fundos sofisticados, para quem já está familiarizado com o mercado financeiro.
Assim, muitos brasileiros já perceberam as vantagens dos fundos, como a possibilidade de diversificar os investimentos mesmo para quem conta com pouco dinheiro.
Então, continue a leitura para conferir os detalhes dessa alternativa de investimento!
Afinal, o que é Fundo de Investimento?
Quer entender o que é fundo de investimento de forma simples? Antes de tudo, entenda que fundos são uma espécie de condomínio para investidores. Uma vez que, eles reúnem os recursos de várias pessoas. Para que, então, aplicar juntos no mercado financeiro e de capitais. Dessa maneira, se divide os ganhos entre os participantes. Sempre proporcionalmente ao valor depositado por cada um.
Além disso, a soma do dinheiro dos investidores forma o patrimônio desse fundo, que então é aplicado por uma instituição ou profissional. Isso significa que as decisões sobre o que fazer com os recursos precisam concordar com objetivos e políticas predefinidos.
Por fim, é possível ter sucesso ou não. Isso irá determinar a valorização ou desvalorização das cotas desses fundos.
Como funcionam os fundos de investimento, na prática?
No geral, o funcionamento dos fundos segue uma dinâmica própria, que não é difícil de entender. Sendo assim, confira alguns aspectos fundamentais:
Composição da carteira de fundos e sua classificação
Primeiramente, os fundos podem investir em ativos de diversos tipos. Por exemplo, CDB, debêntures, moedas, derivativos ou até mesmo investimentos estrangeiros. No entanto, há algumas regras gerais sobre a concentração de investimentos, que busca proteger os investidores.
Uma delas estipula o limite de aplicação por emissor dos papéis. Ou seja, os fundos podem investir no máximo até 20% do patrimônio em ativos emitidos por uma mesma instituição financeira.
Já para empresas de capital aberto e outros fundos, o limite é de até 10% do patrimônio, e de 5% para os outros emissores. Por fim, não existe limite para os títulos públicos federais.
Também temos vários limites relacionados ao tipo de ativo incluído na carteira e aos investimentos feitos no exterior, discriminados na regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Uma vez que as possibilidades de combinações é grande. Dessa maneira, classificamos os fundos segundo as carteiras. Bem como os fatores de risco a que estão expostos.
Sendo assim, o objetivo é simplificar o acesso dos investidores à informação e ajudá-los na escolha entre as diversas opções disponíveis.
Cotas
Outro ponto importante é que os fundos são divididos em cotas. Assim, quando aplica em um fundo, um investidor adquire as cotas deles. Por exemplo, se você deseja investir R$10 mil em uma carteira que tem cotas que valem R$10 cada, pode adquirir um total de mil cotas.
Dessa maneira, a rentabilidade do investidor também é calculada segundo o valor das cotas. Ou seja, se as cotas de R$10 passarem a valer R$15 depois de um ano, significa que o retorno nesse período foi de 50%.
Principais taxas de administração e de performance
Além disso, tenha em mente que algumas taxas são cobradas dos investidores para remunerar as instituições envolvidas com o fundo. Por isso, ao optar por uma carteira para investir, é preciso considerar esses valores, porque eles possuem um impacto direto sobre o retorno.
Afinal, os custos precisam ser descontados do ganho com a valorização das cotas para que você saiba exatamente qual será sua rentabilidade líquida.
Em suma, a taxa de administração acontece em todos os fundos. Isso porque ela remunera os serviços de administração e gestão, e incide sobre o patrimônio mantido pelo investidor. Então, essa taxa é um percentual anual, geralmente, de 0,5% a 4% ao ano.
Porém, a cobrança não é realizada de uma vez só, mas sim gradualmente e também proporcionalmente.
Enquanto a taxa de performance é uma remuneração obtida com o resultado. Uma vez que equivale a um bônus cobrado pelo administrador por ter entregue ao investidor uma rentabilidade superior à de um referencial anteriormente combinado.
Como funciona a Tributação e Come-cotas
Bem como em outros investimentos, as aplicações em fundos precisam pagar impostos. Assim, somente dois tributos incidem nas carteiras, sendo o Imposto de Renda e IOF.
O Imposto de Renda irá incidir na rentabilidade dos fundos. Dessa maneira, se durante o ano sua carteira rendeu 10%, é sobre esse valor que as alíquotas vão ser aplicadas. Além disso, os fundos de investimento são divididos em três tipos:
- Longo prazo: com média de vencimento em mais de 365 dias;
- Curto prazo: média de vencimento em menos de 365 dias;
- Fundos de ações.
Então, a tributação dos fundos de curto e de longo prazo irá seguir uma tabela regressiva, de acordo com a permanência do investidor na aplicação. Isso significa que você vai pagar menos Imposto de Renda caso deixe seu dinheiro investido por mais tempo.
Como funciona a cobrança?
Ao contrário do que acontece em outros investimentos, a cobrança de IR nos fundos de curto e longo prazo não é feita apenas na hora do resgate. Pois ela é, na verdade, semestral.
Assim, duas vezes ao ano, sempre no último dia útil dos meses de maio e novembro, os administradores calculam quanto os investidores devem de imposto, levando em consideração a menor alíquota aplicada em cada categoria. Após o cálculo, a cobrança é feita recolhendo cotas do fundo, daí veio o nome de “come-cotas”.
Caso o investidor decida resgatar os recursos em um período mais curto, em que as alíquotas de IR seriam maiores do que as recolhidas no come-cotas, o cálculo da diferença entre o que já foi pago e o que resta acertar é realizado. Por fim, os valores são retidos pelo administrador.
Já nos fundos de ações, funciona diferente. Isso porque incide uma alíquota única de IR de 15% sobre o rendimento. Então, ela é cobrada na fonte. Ou seja, logo no momento do resgate das cotas.
Enquanto o IOF incide sobre o rendimento somente nos resgates feitos em um período inferior a 30 dias a partir da aplicação. A alíquota varia entre 96% a 0%, a depender do prazo.
Principais tipos de fundos de investimento
Mais um ponto importante é que os fundos de investimento são classificados em tipos diferentes, de acordo com as aplicações que predominam na carteira e também das estratégias adotadas.
Dessa maneira, essa classificação é essencial porque facilita o trabalho do investidor no momento da escolha. Por exemplo, caso o objetivo seja aplicar em ações, basta avaliar as opções presentes na categoria “fundos de ações”.
Então, confira quais são os tipos de fundos mais comuns:
Fundo cambial e de ouro
Primeiramente, os fundos cambiais colocam acima de 80% do patrimônio em ativos relacionados a outras moedas. Nesse caso, os mais reconhecidos são os fundos cambiais de dólar, que acompanham a cotação da moeda americana.
Além disso, eles podem ser uma opção para investidores que buscam se proteger das variações cambiais ou que estejam programando uma viagem para o exterior. No entanto, o principal risco de um fundo desse tipo é justamente a variação do preço de moedas estrangeiras.
Fundo de ações
Em suma, os fundos de ações precisam investir no mínimo 67% do patrimônio em ações negociadas na bolsa ou balcão organizado. Enquanto o restante pode ser distribuído entre outros ativos.
Sendo assim, o principal risco está na variação do preço dos papéis incluídos na carteira. Uma vez que os fundos de ações são recomendados para quem tem objetivos de longo prazo, pois a exposição a riscos é grande.
Fundo Multimercado
Já nos fundos multimercado, a política de investimento envolve diversos fatores de risco, sem precisar se concentrar em nenhum em especial. Então, nesse tipo de carteira, existem aplicações de renda fixa, câmbio, ações e também derivativos.
Fundo de Renda Fixa
No que lhe concerne, os fundos de renda fixa precisam aplicar ao menos 80% dos recursos em ativos de renda fixa . Por isso, o principal fator de risco está relacionado à variação da taxa de juros ou dos índices de preços.
Além disso, há alguns tipos distintos de fundos de renda fixa. Por exemplo, os fundos DI são os mais conhecidos. Isso porque eles realizam aplicações para perseguir a rentabilidade da taxa do CDI. Sendo assim considerados de baixo risco.
Também temos fundos de renda fixa de crédito privado, onde o volume mais significativo das aplicações é destinado em papéis privados, emitidos por empresas. Ou seja, são considerados como fundos mais ousados.
Por fim, um terceiro tipo são os fundos de debêntures incentivadas, uma espécie de fundo de crédito privado com algumas características específicas. Por exemplo, são isentos do Imposto de Renda.
Fundo de Previdência
Agora, é nos fundos de previdência privada que são aplicados os recursos de investidores que tenham planos de previdência. Assim, eles apresentam alguns benefícios tributários para fazer com que as pessoas economizem dinheiro no longo prazo, principalmente para a aposentadoria.
Fundo Imobiliário
O fundo de investimento imobiliário apresenta investidores interessados em aplicar em empreendimentos imobiliários sem precisar, necessariamente, comprar o imóvel diretamente.
Sendo assim, esses fundos são fechados, onde o resgate de cotas não é permitido. Entretanto, vários deles estão na bolsa de valores, negociados como ações. Além disso, o rendimento distribuído por essas carteiras é isento do Imposto de Renda.
Fundos Mútuos de Privatização (FMP)
Por fim, os Fundos Mútuos de Privatização são fundos de investimentos em ações de empresas estatais em processo de desestatização ou capitalização. Nesse caso, os aportes são em recursos do FGTS.
Então, o que achou sobre o fundo de investimento? Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários.
Fontes sobre fundo de investimento: